quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Projeto Jogos, Brinquedos e Brincadeiras Profº Silvio


ESCOLA: E.E.B FELIPE MANKE
DISCIPLINA: Educação Física
PROFESSOR RESPONSÁVEL: Silvio Slomecki
PÚBLICO-ALVO: Todos Os Alunos Da Escola
DURAÇÃO: Setembro e outubro até dia 10.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho resgatará as brincadeiras e jogos no espaço do recreio ao longo da história da atual EEB Felipe Manke. Sabemos que o campo pedagógico vem sofrendo muitas mudanças e com ele os recursos didáticos especialmente os jogos e brincadeiras. A criança tendo o seu espaço livre na hora do recreio independente do seu tempo histórico, solta a sua imaginação e fantasia com suas brincadeiras prazerosas, porque se sentem mais livres para brincar, conversar e até inventar suas próprias brincadeiras.

A importância do jogo no desenvolvimento psico-social da criança, vai além do que se posa imaginar. Brincar não significa passatempo. A criança se utiliza da brincadeira para conhecer o mundo que a cerca. Através do jogo a criança desenvolve a sua imaginação e seu pensamento abstrato. Através das brincadeiras a criança poderá ter um bom desenvolvimento psicomotor e psico-social, assim como as levará à socialização e à contribuição para a sua vida afetiva. As atividades lúdicas encorajam também o desenvolvimento intelectual, através da atenção e da imaginação, facilitando a sua expressão. (ALMEIDA, 1990).

JUSTIFICATIVA: Estando cientes da importância dos jogos e brincadeiras em tudo que nos rodeia, por entender que a brincadeira é um dos principais estímulos a aprendizagem que existem, expor querer valorizar ainda mais a escola, achamos que todos os alunos, dentro da escola tem condições de participarem ativamente deste projeto.

OBJETIVO GERAL: Resgatar os jogos e brincadeiras no espaço do recreio do século XX nas décadas de 20 a 90 na EEB Felipe Manke, mediante entrevistas com antigos alunos, hoje pais, avós e bisavós. Adotou-se a pesquisa qualitativa e a realização de aplicação de questionário.



OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Perceber que a brincadeira está presente em vários segmentos de nossa vida: em especial na escola, no processo de ensino aprendizagem.
- Valorizar ainda mais a escola onde estudam, construindo para ela uma história que a represente nos quesitos: jogos, brinquedos e brincadeiras.
RECURSOS:
. Papel, tinta, lápis de cor, lápis de cera, guache;
. Computadores para pesquisa sobre jogos, brinquedos e brincadeiras e inserir na
apresentação em Power Point;
. Máquina
 Digital para fotografar diferentes jogos, brinquedos e brincadeiras da escola no dia-a-dia, com fotos dos alunos, professores, funcionários de apoio, festas, cursos, eventos variados para montar uma apresentação no Power Point;
. Softwares para edição de
 imagens e de áudio para a apresentação no Power Point;
. Data show para exibição do
 projeto para todos os profissionais da escola, em reuniões e outros eventos.
RESGATE HISTÓRICO

No século XVII, o jogo exerceu um papel importante no que diz respeito às atividades do cotidiano das crianças e cada etapa de seu desenvolvimento físico e mental, não abandonam as brincadeiras que se perpetuam ao longo dos tempos. Segundo AIRES (1981) “A criança abandona o traje da infância e sua educação é entregue aos cuidados do homem”. É clara a forma rígida com que as crianças eram vistas naquela época. Controladas, eram tratadas como adultos em miniatura.
Com a influência dos jesuítas no século XVII, começa-se a perceber a possibilidade educacional nos jogos que até então eram tidos como simples atividades de prazer e lazer, passando a ser vista como uma maneira de auxiliar as crianças sua educação. Neste mesmo século os precursores, Rousseau e Pestalozzi afirmavam que a educação não deveria ser um processo artificial e repressivo, e sim um processo natural, surgido da necessidade do desenvolvimento mental da criança. Enfatizavam a importância dos jogos e brincadeiras como processos formativos, pois exercitam o corpo, os sentidos, as aptidões além de preparar para a vida em comum e para as relações sociais.
Froebel já pregava uma pedagogia de ação e em particular os jogos e brincadeiras, pois para ele a criança para se desenvolver não deveria apenas olhar e escutar e sim agir e produzir através de brincadeiras produtivas, as crianças encontrariam o seu canal de expansão da educação. Portanto entendia que o trabalho manual, jogos e brincadeiras são por onde a criança adquire a primeira representação do mundo e é também por meio deles que ela entra no mundo das relações sociais, desenvolvendo um senso de iniciativas e auxílio mútuo.

JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS

O jogo não pode ser visto de modo simplista, como uma mera ação de nomear. Empregar um termo não é um ato solitário. Subentende todo um grupo social que a compreende, fala e pensa da mesma forma. Portanto considerar que tenha um sentido dentro de um contexto significa a emissão de uma hipótese, a aplicação de uma experiência ou de uma categoria fornecida pela sociedade, vinculada pela língua quanto instrumento de cultura dessa sociedade. É importante proporcionar à criança oportunidades para muitas brincadeiras espontâneas e jogos livres, para que ela desfrute a alegria de brincar em conjunto, favorecendo assim a sua socialização.

Através do jogo, a criança satisfaz suas necessidades interiores pelo prazer e esforço espontâneo. O jogo por ser uma necessidade física e mental, ela aciona e ativa as funções psiconeurológicas e as operações mentais, estimulando assim o pensamento. A criança procura o jogo como necessidade e não como distração (...). É pelo jogo que a criança se revela. As suas inclinações boas ou más, a sua vocação, as suas habilidades, o seu caráter, tudo que ela traz latente no seu eu em formação, torna-se visível pelo jogo e pelos brinquedos, que ela executa (KISHIMOTO, 1993), O jogo permite à criança a realizar o seu eu, construindo assim a sua personalidade além de desenvolver a linguagem.

METODOLOGIA
TIPO DE ESTUDO
No intuito de se obter informações das brincadeiras de décadas passadas deve se fazer uma abordagem oral junto aos alunos sobre as brincadeiras atuais e as do passado no espaço do recreio e depois aplicar uma pesquisa para levantamento bibliográfico, após levantamnento de dados realizar confecção de gráficos e textos.

LOCAL: Na comunidade onde a escolar está inserida.

PARTICIPANTES: Alunos de 1ª série de Ensino Fundamental ao 3º Ano do Ensino Médio, comunidade, professores e demais funcionários.

COLETA DE DADOS
A coleta de dados será realizada através de questionários aplicados às pessoas entre 100 a 30 anos, antigos alunos, pais, avós, bisavós e antigos funcionários.
Período de Realização: Primeira quinzena de outubro.
Instrumentos e Técnicas: Questionários.
Procedimentos:
Fase I – De posse do questionário os alunos realizará a entrevista com parentes ou conhecidos que participaram da construção histórica da EEB Felipe Manke;
Fase II – Após a aplicação do questionário, os alunos irão realizar tabulação dos dados colhidos;
Fase III – Com os gráficos prontos os alunos em grupos irão produzir os textos interpretativos dos gráficos.
Fase IV – Socialização do trabalho com apresentações dos gráficos e demonstração das brincadeiras e jogos da época.

CULMINÂNCIA: Apresentação dos jogos, brinquedo e brincadeiras da E.E.B. FELIPE MANKE durante sua história.

AVALIAÇÃO: Observação do interesse, participação e criatividade de cada um.
Massaranduba, 22 de setembro de 2011.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, P. N. Educação lúdica técnicas e jogos pedagógicos. 8 ed. São Paulo: Loyola, 1990.
ARIES, P. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1981.
BORGES, T. M. M. A criança em idade pré-escolar. São Paulo: Ática, 1994.
BROUGÉRE, Gilles. Brinquedo e cultura: questões da nossa época. Ed. Cortez.
CUNHA, N. H. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. São Paulo: Malteses, 1994.
DEVRIES, R. Bons jogos em grupo: o que são eles? In: KAMIC.
GOMES, C. M. et al. Trabalho e conhecimento: dilemas na educação do trabalhador. 2 ed. São Paulo: Cortez, 1989.
KAMII, Constance. Jogos em grupo na educação infantil; implicações da teoria de
Piaget/Constance Kamii e Pettra Davries; tradução Marina Célia Dias Carrasqueira; prefácio Jean Piaget. São Paulo: Trajetória Cultural, 1991.
KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.
KISHIMOTO, T. M. O primeiro jardim de infância público do estado de S. Paulo e a
pedagogia frobeliana. Revista Educação e Sociedade. v. 17, n. 56. Dez. 1996.
KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1999.
KISHIMOTO, Tizuco Morchida. O jogo e a educação infantil. Ed. Pioneira.
KRAMER, S. et al. Com a pré-escola na mãos. São Paulo: Ática, 1989.
LEBOVICI, DIATKINE, R. Significado e função do brinquedo na criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
LUKESI, C. Desenvolvimento infantil. In: Tecnologia educacional. Rio de Janeiro. v. 23. n.19. 1994.
MACEDO, Lino de. Os jogos e sua importância na escola. Caderno de Pesquisa. São Paulo. Nº 93. p. 5-10. Maio. Editora Cortez.
MEC. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a
Educação Infantil. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
OLIVEIRA, Paulo de Salles. O que é brinquedo. Coleção Primeiros Passos. Ed. Brasiliense.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca, o lúdico em diferentes contextos.
Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

Um comentário:

  1. Caro amigo, parabéns pelo conhecimento aplicado!
    A criança que não brinca não é feliz, ao adulto que quando criança não brincou, falta-lhe um pedaço no coração!ivan cruz
    www.brincadeirasdecrianca.com.br

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